É quando um profissional se comporta como dono. É mais que proatividade e engajamento.
Intraempreendedorismo é o conceito que define o comportamento das pessoas, dentro das empresas, que agem como donas dos seus processos através da compreensão de que os resultados gerados pelas ações intraempreendedoras irão impulsioná-las na direção do que tanto desejam.
O brasileiro de uma forma geral possui alta capacidade empreendedora. É naturalmente criativo e inovador. Esta afirmação se confirma com base nos índices de abertura de novas empresas, que crescem ano a ano.
O intraempreendedor é aquele profissional com competências empreendedoras que se autogerencia, busca melhores resultados na organização em que trabalha através da eficiência operacional, almeja sempre o crescimento da organização da qual faz parte e usa sua liderança para si mesmo.
Não mede esforços, se preocupa com a qualidade e a eficiência das suas tarefas. Sabe que os resultados da empresa dependem diretamente das suas entregas e de seu esforço. Investe no desenvolvimento de competências técnicas. Porém são as competências comportamentais que o definem. São atitudes que podem ser desenvolvidas.
Mas por que estes profissionais trabalham para os outros, como empregados?
Porque têm alma empreendedora e vislumbram uma oportunidade de praticarem ideias que não conseguiram sozinhos. O empreendedor investe na empresa e o intraempreendedor investe na sua carreira. A partir das demandas diárias ele aplica seus conhecimentos e experiências e quando necessário aperfeiçoa-se. Ou seja, ele tem o planejamento do que quer e aonde quer chegar, aproveita as oportunidades de crescer e fazer crescer a empresa, considerando que a empresa é um ser vivo e precisa de dedicação, não só do dono, mas de todos, com ideias, ações empreendedoras e inovadoras.
Inovar pode ser soluções novas para problemas antigos, com sucesso no resultado. Assim, empreender nas organizações é um caminho que representa uma forma segura de inovar dentro do negócio.
A contrapartida do intraempreendedorismo é o reconhecimento, onde este profissional espera o retorno do seu investimento, através de oportunidade de crescimento, de desenvolvimento de projetos entre outros. A relação precisa ser de ganha ganha onde é importante definir bem as expectativas do empreendedor e do intraempreendedor. Deixar claro o que um espera do outro, mantendo conversas de alinhamento com freqüência e em todos os níveis da organização, seja com lideranças ou níveis operacionais, de acordo com área e ramo de atuação.
Os profissionais têm informações riquíssimas sobre processos, objetivos, metas e na maioria das vezes até mesmo da estratégia da empresa, conhecem as dificuldades e potencialidades, afinal dedicam grande parte da sua rotina às organizações.
E quais são as vantagens?
São muitas as vantagens do intraempreendedorismo, independentemente do porte ou ramo de atuação, é uma estratégia de sucesso na rotina dos seus negócios:
- Participar da construção da estratégia
- Novos produtos
- Novos modelos de negócio
- Agregar valor a produtos existentes
- Criar novos mercados
- Otimizar ações que busquem a eficiência operacional
- Identificar e resolver gargalos na sua área
- Identificar pontos de alavancagem
- Pesquisas de mercado
- Estar próximo e entender melhor as necessidades do cliente
A empresa que busca profissionais com este perfil, muitas vezes chamado de engajado ou autogerenciável, precisa ter uma estratégia bem definida, um norteador para que estes profissionais saibam o caminho a seguir. Além disso é imprescindível o alinhamento com a cultura gerando o sentimento de pertencimento, de estar no lugar certo, seguindo seus valores.
O intraempreendedorismo deve ser estimulado dentro das empresas como fórmula para crescer, inovar e melhorar o seu posicionamento no mercado. Seus gestores devem promover ações para atrair e fidelizar intraempreendedores para suas equipes.