Saber escutar é uma arte. E pode fazer toda a diferença na vida pessoal e profissional. Algumas vezes é necessário usar filtros, outras jamais, porém nem todas as pessoas sabem quando e como usar.
Vamos começar pela escuta sem filtros. Chamamos de Escuta Ativa. A escuta ativa é fundamental para o sucesso da comunicação. Tratando-se do ambiente de trabalho, de modo especial nos processos e nas interfaces das áreas e setores de uma empresa, é fator imprescindível para que tudo aconteça. As trocas diárias exigem que as partes minimamente se escutem antes de inferirem. Sabemos, não é um processo fácil. Exige que as lideranças sejam a inspiração para que a escuta ativa seja uma realidade na organização.
Uma situação, na qual requer a prática da escuta ativa, é quando estamos recebendo um feedback. É preciso escutar de mente aberta, totalmente sem filtros, tentar garantir o ouvir do que realmente está sendo dito. Não preocupar-se com a resposta. Muitas vezes, estamos falando com alguém e fica muito claro que esta pessoa está direcionando sua energia em contrapor, sem mesmo ter avaliado se realmente precisa esta contra argumentação.
Outra situação é quando estamos recebendo alguma demanda ou tarefa para executar. Às vezes, por ser algo cotidiano, ouvimos o início da conversa e desligamos para o que segue. Entramos em modo “piloto automático” e não registramos as orientações necessárias para concluir corretamente o que foi solicitado.
A escuta ativa é um exercício. Sem dúvida, quando posto em prática, evita muitos erros na execução do nosso trabalho. Ainda mais num ambiente complexo como o corporativo que é feito de pessoas áreas, setores.
A comunicação não precisa ser um problema nos vários ambientes em que vivemos. Contudo, situações onde uma informação é entendida totalmente diferente do que foi emitida, acaba gerando conflitos ou erros. Quando falamos de filtros estamos falando de crenças, pressupostos. Ou seja, tem tudo a ver com a forma como percebemos o mundo. Para que tenhamos uma escuta ativa precisamos estar atentos. Ouvir de verdade. Não preocupar-se com a resposta. Pergunte-se sempre: será que entendi corretamente? E, o mais importante, repita a fala do interlocutor perguntando se realmente entendeu o que foi dito. As análises e os julgamentos podem vir, somente, depois de ter ouvido, exatamente o que foi dito.
Por outro lado, a escuta com filtros envolve julgamento e pré-conceito (concebido). Tem mais a ver com aquelas informações que não têm relevância no ambiente de trabalho, por exemplo. Aquelas falas desalinhadas com o escopo e com certeza geram fofocas e conflitos desnecessários. Ou ainda, com a enxurrada de informações que recebemos nas redes sociais. A dica é ter bem claro qual a relevância das informações e o que farei com elas. A quem realmente irão ajudar. Isso serve para todas as dimensões da nossa vida.